Na actual Sociedade da Informação e do Conhecimento são muitas as exigências com que se deparam os Profissionais da Informação.
É fundamental o acesso a formações direcionadas para as atuais tecnologias, orientadoras do acesso ao conhecimento.
Neste contexto, o grupo de trabalho onde estive inserida no Tópico 4, realizou a síntese que partilho a seguir, relativa às novas competências que são exigidas ao profissional da informação (arquivista, bibliotecário,...).
Resumindo:
Para abordar este tema, para além das leituras feitas, bastou-me também
recuar sete anos no tempo, até à data em que iniciei as minhas funções como
Coordenadora da BE, atualmente Professora Bibliotecária.
Nessa altura (há tão pouco tempo), tudo era diferente e hoje posso até
afirmar mais complexo, as competências exigidas eram outras. Por exemplo, cada
vez que pretendia avaliar uma atividade ou um serviço prestado pela BE, era
necessário fotocopiar uma série de impressos para o efeito, que depois tinha
que analisar minuciosamente para chegar a conclusões. Agora, basta produzir e
enviar um formulário através do Google Drive (Docs) e num ápice todas as
opiniões se armazenam na minha conta Gmail. Mais, com um gesto simples consigo
gráficos de agradável interpretação chegando assim, facilmente, às conclusões
que, se as quiser partilhar ou divulgar, também bastará fazer um clique e tudo
está resolvido. No entanto, para que isto possa acontecer, é necessário que o
professor bibliotecário (profissional da informação) esteja em constante formação,
para poder acompanhar as exigências atuais.
Assim, penso que as bibliotecas se encontram no bom caminho, pois estão,
dentro das condições físicas e tecnológicas de que dispõem, a adaptar-se á nova
realidade que é a Web 2.0, já que “uma educação que não se ajuste aos tempos a
que se destina, não cumprirá a sua missão”, como refere António Dias de
Figueiredo.
Sinceramente que me preocupam alguns colegas, com os quais lido
diariamente, que não têm essa preocupação e apenas se limitam a ensinar os seus
alunos tendo em consideração o passado que eles próprios viveram e afirmando
que nesse tempo é que o ensino era levado a sério.
É evidente que a maioria dos conteúdos a abordar se mantêm, mas a forma
como o fazemos e como procuramos introduzir outros novos é que tem de
acompanhar a evolução tecnológica e as ferramentas que estão ao nosso alcance
e, coisa rara nos dias de hoje, são gratuitas.
Para além dos Blogs, das Redes Sociais, dos recursos disponíveis on-line,
nomeadamente Google Drive, Google “Livros”, Youtube, Diigo, Dropbox… a coleção
da biblioteca deverá mudar tornando-se mais interativa e plenamente acessível.
A produção de publicações electrónicas incrementa-se consideravelmente cada
dia que passa, graças às facilidades que as novas tecnologias da informação
trouxeram ao desenvolvimento da indústria editorial e à familiaridade que as
novas gerações têm com os documentos e meios digitais (Guzman, 2003) .
Assim, as crianças e jovens de hoje têm disponível uma quantidade imensa de
informação em forma de bites,
independentemente do local onde se encontrem.
Todas estas considerações justificam a realização deste trabalho, no
sentido de que quem está à frente das bibliotecas escolares deve compreender e
antever possíveis comportamentos a adoptar mediante esta evolução, para poder
justificar a introdução de novos suportes de leitura e pesquisa.
Neste campo, uma das maiores mudanças que se podem produzir no conceito que
até hoje temos de biblioteca, é a implementação dos seus serviços com o uso do
livro electrónico, já que não são objetos físicos, logo não se encaixam nos
regulamentos de circulação e empréstimo já existentes.
Por tudo isto, o Professor Bibliotecário/Profissional da Informação tem um longo caminho a percorrer e
uma grande missão no seu horizonte.